A exposição fotográfica denominada “Câncer: como eu sou depois de você!” reúne imagens de 12 pacientes diagnosticadas com câncer de mama, que passaram por tratamento no Hospital Regional Alto Vale de Rio do Sul. A mostra foi aberta nesta terça-feira (15), no hall de entrada, permanecendo até no dia 28 deste mês. Depois as fotos ficarão expostas na Galeria Schroeder. A iniciativa que conta com o apoio da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí foi da equipe do setor de oncologia. As fotos são de Eduardo Bandeira, com a maquiagem a cargo do Sttudio A e Jackson Alexandre e apoio do Grupo de Voluntários do Hospital Regional e Carmella Acessórios,
A enfermeira Agata Valmorbida, coordenadora da unidade oncológica, destacou que com o acompanhando das fases de tratamento surgiu a ideia de desenvolver um trabalho para resgatar a autoestima das mulheres. “Através da fotografia elas puderam assumir as mudanças corporais causadas”. Agata observou que em razão do tratamento ser longo e desgastante, a tendência é que as mulheres fiquem com a autoestima baixa e muitas vezes enfrentam até o preconceito da sociedade. “Foi a partir daí que com a adesão destas 12 pacientes, que estamos mostrando que a doença apesar de ser grave, existe a beleza e vida nessas mulheres, além do tratamento e cura”, acrescentou.
O presidente da Fusavi, Giovani Nascimento, lembrou que a implantação da unidade oncológica no Hospital Regional foi uma conquista para o Alto Vale do Itajaí. “Imaginem se vocês tivessem que se deslocar a Lages, Blumenau, ou Florianópolis, para se submeter as sessões de quimioterapia”, indagou. A paciente Marlene Kurt de Mello, que mora no bairro Bela Aliança em Rio do Sul, observou que na fase inicial tinha que se deslocar a Lages. “Nada melhor do que você estar em casa logo após o encerramento da quimioterapia.
A vida do casal Roselaine e Vanderlei Waldrich, mudou completamente julho do ano passado. Aos 45 anos ela foi diagnosticada com câncer de mama. Vanderlei disse que muitas vezes as pessoas não dão valor aos pequenos detalhes da vida. “A presença da doença na família fez com que valorizássemos exatamente isso”. Juliana Jonck se considera agora mais forte do que quando recebeu o diagnóstico, através de todo o pessoal do setor de oncologia e das próprias amigas. “A gente passa a dar importância nas coisas do seu dia a dia”. Logo que descobriu a doença, Débora Fuchs achou que iria morrer, mas depois veio a força de Deus. “Estamos encarando tudo isso com muita força, valorizando a vida”.