A Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí, gestora do Hospital Regional de Rio do Sul, já reuniu todos os documentos, como cópia dos pedidos das compras dos equipamentos que possibilitam a criação dos novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A solicitação partiu da 6ª Promotoria de Justiça, que instaurou inquérito civil para apurar a possível omissão/demora da instalação do setor, com a finalidade do enfrentamento da COVID-19, provocada pelo novo coronavírus. A justificativa é que com a demanda mundial, os fornecedores ainda não entregaram as camas, monitores, entre outros itens.
O assessor jurídico do Hospital Regional, Marcos Sávio Zanella, adiantou que desde o dia 29 de abril, quando o Município repassou R$ 1,5 milhão, recursos oriundos do Ministério da Saúde, os procedimentos de compras foram realizados. “É uma situação inédita e os fornecedores estipulam prazo de até 90 dias para fazer a entrega”. Zanella colocou que no plano de trabalho com a planilha, detalhando os itens adquiridos, encaminhado ao Município, estabelecia que o espaço estaria disponível até no final de julho. “Isso quer dizer que ainda estamos dentro do prazo”. Para Zanella, o Ministério Público está fazendo a sua parte.
O diretor-técnico, médico Marcelo Vier Gambetta, destacou que enquanto a nova UTI não é instalada o Hospital Regional utiliza o espaço da atual que conta com 20 leitos. “Nesta quinta-feira temos quatro pacientes com quadro de COVID confirmado e outro suspeito”. A expectativa é que ainda nesta sexta-feira (17) cheguem as 20 novas camas, de modelo especial. “Faltam os monitores que são importados e enquanto não chegam vamos aproveitar os usados, devidamente recuperados como forma de agilizar”. A Secretaria de Estado da Saúde deve acelerar o envio de 10 respiradores. Gambetta revelou que depois de tudo pronto existe a necessidade da nova UTI ser credenciada pelo SUS. “Tem ainda a questão da medicação para esses pacientes” complementou.