A direção do Hospital Regional de Rio do Sul decidiu custear com recursos próprios o funcionamento dos 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva destinados à pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19 até no próximo dia 6. O anúncio foi feito pelo médico Marcelo Vier Gambetta, diretor-técnico da instituição. A direção da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí (Fusavi) optou pela nova data em razão do processo ainda estar tramitando no Ministério da Saúde. O contrato era por três meses e o prazo encerra neste sábado (31), podendo ser prorrogado.
Gambetta adiantou que o Hospital Regional tem a obrigação de continuar recebendo pacientes na UTI de COVID até neste sábado, quando encerra a habilitação com o Ministério da Saúde. Como o prazo médio de permanência é de três semanas, o que ultrapassa a data limite do dia 6, os novos pacientes já estão sendo transferidos para outras unidades. “Essa semana tivemos o caso de uma pessoa que foi para o Hospital Dr. Waldomiro Colautti, de Ibirama”. “Caso permaneçam aqui vai chegar no dia 6 teremos que acionar a Central de Regulação, de Blumenau, para conseguir vaga em outro hospital”.
O diretor-técnico explicou que durante esse período de uma semana a Fusavi vai utilizar recursos próprios para bancar o custo na UTI COVID, que nesta quarta-feira (28) tinha apenas um internado, sem previsão de alta. Mas a conta é muito alta porque o valor da diária é de R$ 1,6 mil e mesmo com baixa ocupação, a equipe permanece durante 24 horas. “São custos elevados que a instituição não tem condições de arcar sozinha”. Por essa razão o prazo dado aos gestores espira no próximo dia 6.
A expectativa de Gambetta é que na reunião programada para esta quinta-feira entre representantes das secretarias de Saúde do Estado e dos Munícipios se chegue a um denominador comum em relação ao pagamento. “Apesar da situação estar sob controle no Alto Vale do Itajaí, em outras regiões do estado os casos voltaram a aumentar”. “O nosso mapa de risco passou de amarelo para laranja, que representa risco de transmissibilidade grave”, complementou.