O Hospital Regional Alto Vale de Rio do Sul suspendeu na quinta-feira (dia 25) todos os procedimentos cirúrgicos eletivos de média e alta complexidade pelo SUS, convênios e particulares, que necessitem anestesia geral. A decisão é em cumprimento à portaria nº 421 da Secretaria de Estado da Saúde, datada de 22 de junho, em razão do grave desabastecimento de anestésicos e bloqueadores neuromusculares existe em todo o país. Outro fator são os indícios epidemiológicos de aumento da taxa de transmissilidade pela COVID-19. Os procedimentos cirúrgicos realizados sob anestesia loco-regional, e os considerados “tempos sensíveis”, urgências e emergências permanecem liberados.
Gambetta adiantou que existe um desabastecimento dos fármacos e por essa razão foi baixada a portaria suspendendo as cirurgias que necessitam de anestesia geral. A medida a princípio é válida por 30 dias. “Visa manter a disponibilidade de sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares para os pacientes com síndrome respiratória grave, quer seja pela COVID-19, ou qualquer outra causa”. O médico observou que uma adequada ventilação mecânica pode ser impossível sem tais fármacos. “Todos nós, bem como os nossos, podemos ser vítimas desta doença e necessitar tal suporte para a sobrevivência”.
As cirurgias de emergência e urgência, além das chamadas tempo sensível, que basicamente são as oncológicas, vão continuar sendo realizadas normalmente. “Igualmente as que não necessitam de anestesia geral”, colocou. Gambetta disse que o desabastecimento está ocorrendo em razão da grande demanda no mundo inteiro, já que os maiores fornecedores de matéria-prima são a Índia e a China. “Temos apenas duas empresas que abastecem todo o mercado brasileiro”, complementou o diretor técnico.
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