O Hospital Regional de Rio do Sul poderá desativar a Unidade de Terapia Intensiva exclusiva para pacientes com COVID-19, doença transmitida pelo novo coronavírus caso o Ministério da Saúde não prorrogue a habilitação dos 10 leitos. O alerta é do presidente da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí (Fusavi), Osmar Peters. O prazo espira no próximo dia 30. A preocupação é para que não ocorra a mesma situação como no Hospital Regional do Oeste, de Chapecó, que teve suspenso o credenciamento de todos os leitos disponíveis para atender os casos de COVID-19.

Peters adiantou que o impasse é sobre quem pagará a conta. A Secretaria de Estado da Saúde alega que o Município na qualidade de Gestor Pleno tem a responsabilidade e vice-versa. “Independente disso já solicitamos às secretarias Municipal e de Santa Catarina o cadastramento destes leitos até 31 de dezembro, mesmo que a ocupação venha se mantendo abaixo dos 50%”. O presidente observou que se isso não ocorrer o hospital será obrigado a fechar essa ala em razão dos custos. “A diária de um paciente é de R$ 1,6 mil e considerando que a média de internação supera os 15 dias quem vai pagar essa conta”, indagou.

O presidente da Fusavi reconhece que a desativação da ala COVID não é uma atitude simpática perante a opinião pública. “Caso isso realmente venha a acontecer a população precisa estar preparada para a transferência do seu familiar, como já aconteceu no começo da pandemia”. Peters observou que como o Ministério da Saúde começou a descredenciar os leitos de alguns hospitais, se isso ocorrer com o de Rio do Sul, o fechamento será inevitável.

O presidente da Federação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina (FEHOESC), Giovani Nascimento, endereçou ofício ao secretário da Saúde, André Mota Ribeiro, sugerindo uma reunião com todos os dirigentes dos hospitais filantrópicos e gestores plenos para a definição sobre quem ficará responsável pelo pagamento, caso o ministério não prorrogue o credenciamento. A medida é para evitar o problema que ocorreu com o Hospital Regional Oeste, de Chapecó, que teve todos os leitos de UTI reservados para pacientes COVID descredenciados pelo Ministério da Saúde.

 

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