Um grupo da Igreja Renascer em Cristo, e pessoas de diversas religiões, tem se reunido duas vezes por semana em volta do Hospital Regional Alto Vale para orar pelos pacientes, familiares e também os profissionais de saúde que atuam na unidade. A manifestação, que segue todas as regras de distanciamento, chama a atenção de quem passa pelo local e emociona quem precisa de conforto diante das dificuldades trazidas pela pandemia.

O pastor Yago Sonntag, explica que a ideia surgiu logo no início da pandemia, assim que os primeiros pacientes com COVID começaram a chegar ao hospital. “Geralmente fazemos duas vezes por semana desde que surgiu a COVID. Sentimos essa responsabilidade como igreja, não apenas como instituição religiosa, mas como irmãos. Quando vamos lá não estamos levando religião, estamos levando amor”, disse.

A enfermeira Regina Batistti Munarin, que atua na UTI para pacientes com COVID, garante que as manifestações de carinho são muito bem vindas. “Especialmente para nós que trabalhamos na linha de frente contra o coronavírus. Isso nos emociona, fortalece, traz paz e esperança. Acredito que qualquer forma de manifestação é muito bem vinda, isso nos toca muito e nos faz pensar que a humanidade começa a olhar mais para o próximo com outros olhos”, disse.

Ela agradeceu ao grupo e também a todas as pessoas que mesmo de casa, tem mandado pensamentos positivos ou feito qualquer gesto de carinho.
O pastor afirma que o grupo ora por quem está na UTI, nos quartos e por pessoas que não tem um apoio ou diagnósticos positivos em relação à possibilidade de uma recuperação. “Tínhamos orando conosco até uma família que estava com uma pessoa na UTI, que estava desenganada pelos médicos. Eles falaram que já tinham feito tudo que podiam e que a única arma que restava era a fé e hoje esse paciente está em casa, é um milagre vivo e acreditamos que a fé move montanhas porque há coisas que os médicos não conseguem explicar”, completou.

Yago ressalta a importância do pensamento positivo mesmo para quem não é religioso. “Só o fato de acreditar que pode acontecer alguma coisa já é fé mesmo que ela não saiba. Tem pessoas que oram para outros deuses, outras religiões, cada um está lá com o seu credo e essa união tem poder”, diz. O pastor garante que o grupo busca circular o hospital por no máximo 15 minutos, sempre respeitando o distanciamento mínimo recomendado. “Não fica ninguém junto, fazemos com o afastamento, com todos de máscara. Tentamos cobrir espiritualmente o hospital de uma maneira rápida e depois que acaba a oração todos vão para casa”, finaliza.

 

REPORTAGEM: HELENA MARQUARDT

FONTE: DIÁRIO DO ALTO VALE

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