A possibilidade da criação novos leitos destinados exclusivamente para pacientes suspeitos ou confirmados pela COVID-19 no Hospital Regional de Rio do Sul, foi discutida nesta quinta-feira (4). A reunião contou com as presenças dos presidentes da Federações dos Hospitais de SC. Giovani Nascimento e da Fusavi, Osmar Peters, do prefeito José Thomé, do direto-executivo do Hospital Samária, Roberto Ferrari, que seriam as principais instituições envolvidas. Participaram ainda o presidente da Câmara de Vereadores, Marcos Zanis, o gerente-geral do Hospital Regional, Siegfried Hildebrand, diretor-técnico, Marcelo Gambetta, a gerente de enfermagem, Leila Vanin e a secretaria municipal de Saúde, Roberta Hochleitner. A proposta seria 10 leitos, mas a implantação depende de recursos humanos, com o governo do Estado fornecendo equipamentos e insumos.
Nascimento colocou que a ideia surgiu em razão do caos da falta de leitos de UTI em todo o estado. “Por enquanto não temos aqui fila de espera, mas nunca se sabe como será amanhã”. O presidente acredita que com a parceria entre o poder público, a Fusavi e o Hospital Samária a criação das novas vagas seja possível. “O Samária abrigaria os pacientes que estão internados em leitos de clínica médica, o município cederia os seus profissionais”. Nascimento adiantou que caso seja viabilizada a parceria, o quinto andar seria ocupados exclusivamente pela UTI para pacientes suspeitos ou confirmados pela COVID.
O prefeito José Thomé anunciou que encaminhará para a Câmara de Vereadores projeto de lei que autoriza que funcionários da Secretaria de Saúde a atuarem no Hospital Regiona. De acordo com o presidente, Marcos Zanis, o projeto deve ser colocado em votação já na próxima segunda-feira (8). Thomé colocou que o hospital necessita de pelo menos cinco enfermeiros, 20 técnicos de enfermagem e 10 médicos, além de três fisioterapeutas. A Secretaria de Saúde está iniciando a organização desta quantidade de profissionais, já que muitos atuam em unidades de saúde nos bairros e precisa haver adequações no quadro. “Sem dúvida o quadro de internações na nossa região e em todo o Estado é bastante preocupante e nós estamos unindo forças para trabalhar da melhor forma no atendimento às situações mais urgentes”.
Peters disse que o Hospital Regional já está se mobilizando, apostando que o envolvimento das entidades e poder público, possibilitem a criação dos novos leitos. “Precisamos nos organizar para enfrentar uma situação ainda mais grave”. O presidente da Fusavi observou que por enquanto é um estudo e que não existe prazo para a abertura da nova UTI. “O importante é que o primeiro passo, sem qualquer envolvimento político”.
Ferrari destacou que essa força-tarefa envolvendo o poder público, federação e hospitais neste momento da centena de casos no estado. “O Hospital Samária não poderia ficar de fora, atendendo os pacientes de clínica médica, com a oferta inicial de 10 leitos”. O diretor observou que haverá a necessidade de fazer pequenas adequações na estrutura, mas nada que impeça o funcionamento a médio prazo.

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