A partir da zero hora deste sábado (dia 7) o Hospital Regional de Rio do Sul vai desativar os 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva, que desde o dia 27 de julho estava recebendo exclusivamente pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A direção da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí, gestora da instituição, reunida nesta quinta-feira, manteve a decisão anterior já que não houve uma manifestação de quem arcaria com o pagamento das diárias daqui em diante. O contrato de habilitação com o Ministério da Saúde, pelo prazo de três meses encerrou no dia 31 de outubro, mas o hospital decidiu prorrogar por contra própria até nesta sexta-feira (6).
O presidente da Fusavi, Osmar Peters, colocou que a pretensão é que os leitos continuassem habilitados até 31 de dezembro, como já ocorre com hospitais, considerados como estratégicos. “Sem perspectivas de quem pagará a conta de agora em diante, decidimos pela desativação de todos”. Peters observou o custo da diária, definido pelo Ministério da Saúde, é de R$ 1,6 mil, com a UTI estando ou não ocupada. “Como a média é de três semanas não podemos bancar até mesmo porque o Estado empurra para o Município, que transfere a responsabilidade para o Estado”. “A Fusavi cumpriu a sua parte atendendo durante 103 dias, ou seja 13 a mais do previsto pela portaria”.
Peters tranquiliza a população da região em relação ao atendimento dos pacientes que de agora em diante necessitarem de internação em UTI. “Todos serão recebidos e entubados, com a Central de Regulação se responsabilizando por encontrar vaga em outro hospital”. O presidente salientou que nos últimos dias três pacientes foram transferidos para o Hospital Dr. Waldomiro Colautti, de Ibirama, um para Brusque e outro a Timbó. “A média de internação é de 21 dias e este período extrapolava o prazo para a desativação”. Os casos suspeitos ou confirmados que necessitam apenas de internação ficarão na enfermaria.