A partir da próxima semana, com o fechamento das unidades básicas de saúde de Rio do Sul e região, a tendência é de um aumento considerável no número de atendimentos no Pronto-Socorro do Hospital Regional Alto Vale, que registrou a média de 143,2 por dia esse mês. Com isso, o tempo de espera por uma consulta, de acordo com a enfermeira coordenadora do PS, Valeria Petris, poderá ser superior ao do protocolo de classificação de Santa Catarina, que define as prioridades. O paciente que na classificação de risco é identificado com a cor verde pode levar mais de duas horas para ser atendido, dependendo da demanda dos casos de urgência e emergência.
A enfermeira recomenda que antes da busca por atendimento médico no PS as pessoas avaliem a necessidade. “Não se tratando de urgência e emergência, quem reside em Rio do Sul deve procurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que atende 24 horas”. Valéria observou que pelo menos 55% dos atendimentos diários não se enquadram como prioritários. “Neste caso na classificação esse paciente recebe a pulseira verde e o tempo de espera é de 120 minutos”. A cor azul indica casos não urgentes. “O paciente pode aguardar atendimento e o ideal seria buscar uma unidade ambulatorial”. Essa classificação inclui queixas crônicas, resfriados, dor de cabeça e ferimentos que não necessitam de fechamento, com previsão de atendimento de quatro horas.
Outro fator que pode contribuir com o aumento da demanda no PS são os acidentes nas rodovias, principalmente na BR-470, que nesta época do ano tem aumento considerável no fluxo de veículos. “Temos dois médicos de plantão e se houver necessidade do atendimento das emergências, ou acompanhamento dos já internados no setor, as consultas que são consideradas não emergenciais precisam aguardar por tempo superior da classificação”. Valéria observou que a população precisa entender essa situação, evitando procurar o PS sem necessidade.